Por Thais Skodowski —
Investimento é aplicar recursos com o objetivo de se obter algo. Aqui, estamos falando de investimento financeiro. Isso significa aplicar dinheiro em algum ativo ou produto financeiro com a expectativa de ganhar mais no futuro.
Por exemplo, você aplicou R$ 1.000 em títulos públicos e após quatro anos recebeu R$ 1.500. Isso é investimento. Ou seja, investir é diferente de poupar. Quando você investe, o objetivo é que esse dinheiro se multiplique. Isso é diferente de poupar, quando os recursos só ficam parados na conta.
Resumindo: investir é fazer o seu dinheiro trabalhar para você.
Mas de onde surge esse dinheiro adicional? Dos juros compostos. Quem investe está fazendo um empréstimo para uma organização, que pode ser o Tesouro Nacional, financeiras, empresas e bancos.
Qual é o melhor investimento?
Há vários fatores que devem ser levados em conta na hora de escolher o melhor investimento.
O primeiro deles é que o investidor precisa estar ciente sobre risco e retorno. Essas duas variáveis implicam diretamente no valor do retorno dos aportes. Afinal, quanto maior o risco de um produto financeiro, maior será o potencial de retorno em cima dele.
O melhor investimento é o que está mais adequado ao seu perfil do investidor. Isso está diretamente relacionado ao risco.
Existem três perfis de investidores:
- Conservador: está disposto a correr menos riscos, ou seja, ele vai escolher um produto financeiro que o risco é menor mesmo que isso signifique receber menos dinheiro no futuro. Ele tem medo de perder o montante que investe. A palavra desse perfil é segurança.
- Moderado: não está disposto a correr tanto risco, mas também busca por ganhar acima da média. A palavra desse perfil é diversificação.
- Agressivo ou arrojado: não teme correr altos riscos para conseguir grandes lucros. Geralmente é alguém que conhece bem o mercado financeiro. A palavra desse perfil é rentabilidade.
Além do perfil do investidor, são fatores que interferem na escolha do melhor investimento o prazo em o dinheiro será investido e a quantia que se dispõe. É igualmente importante definir se os aportes serão mensais.
Com essas perguntas respondidas, já é possível buscar qual o melhor investimento para você.
Tipos de investimentos
Há ativos com características específicas para atender os mais diversos objetivos dos investidores. A maior parte deles são divididos em renda fixa ou renda variável. Essas modalidades apresentam diferenças importantes: a renda fixa tem menor risco e menor retorno. Já a renda variável tem maior risco e maior retorno.
Renda fixa:
É quando o investidor tem uma previsão do retorno. Os investimentos em renda fixa podem ser:
Pré-fixados: quando a quantia de juros que será paga já é definida no momento que o investimento é acordado.
Pós-fixados: a quantia de juros será definida apenas quando o título vencer.
São exemplos de títulos de renda fixa:
– Tesouro Direto: comprar um título do Tesouro Direto é como emprestar dinheiro para o governo. Ideal para iniciantes e aqueles que têm pouco dinheiro para investir. Permite aplicações a partir de R$ 30 e oferece liquidez diária, ou seja, é possível resgatá-lo com facilidade.
– CDB (Certificado de Depósito Bancário): Como o próprio nome diz, o investidor empresta dinheiro para os bancos. O mínimo investido depende da instituição bancária, mas é possível encontrar CDB a partir de R$ 500.
– LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito ao Agronegócio): títulos de renda fixa. Os recursos captados pela LCI são utilizados pelo setor imobiliário, já os da LCA para os participantes da cadeia do agronegócio.
– Letra de câmbio: o título de renda fixa é emitido por financeiras. Costuma apresentar rendimentos melhores que os títulos citados acima.
– Debênture: são papéis de dívida das empresas, ou seja, o investidor vai emprestar dinheiro para uma companhia e receber juros por isso.
– CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) são títulos securitizados de renda fixa. CRI está relacionado ao setor imobiliário, e CRA ao agronegócio.
Renda variável:
Investimento em renda variável é aquele que o retorno não pode ser definido no momento da aplicação. A remuneração pode variar conforme as expectativas de mercado.
São exemplos de ativos de renda variável:
– Ações: ao comprar ações, o investidor se torna sócio da empresa comprando uma parcela dela. Ao fazer parte do negócio, o investidor fica sujeito aos lucros e prejuízos da companhia.
– Opções: são um contrato que dá ao investidor o direito de comprar ou vender certo ativo por um valor definido em uma data específica futura.
– Fundos de investimentos: reúnem recursos de várias pessoas e esse montante é aplicado de maneira conjunta no mercado financeiro. Os ganhos obtidos com essas aplicações são divididos entre os participantes do fundo. Há fundos de renda fixa e de renda variável.
– Fundos de Investimentos Imobiliários: o mesmo conceito que os fundos de investimentos, com a diferença que os recursos são aplicados em ativos do mercado imobiliário.
O que fazer para começar a investir
Quando você tiver definido o objetivo, o valor que quer investir e já sabe qual é o seu perfil de investimento, o próximo passo é abrir uma conta em uma corretora.
As corretoras são instituições financeiras que disponibilizam diversos produtos do mercado financeiro para os clientes.
Também é importante estudar bastante sobre o assunto. Para montar uma carteira de investimentos diversificada, é preciso acompanhar as variações do cenário econômico e do mercado financeiro. Isso nem sempre é uma tarefa fácil. Para realizar os aportes com mais segurança, você pode contar com a ajuda de um assessor de investimentos.