Priscilla Arroyo —
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), elevou nesta quarta-feira (3), a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, que passou de 13,25% para 13,75% ao ano. Esta é a décima segunda alta consecutiva da Selic, que eleva o juro básico ao mesmo patamar de janeiro de 2017.
O ciclo de alta da taxa básica de juros, que começou em março de 2021, quando a Selic estava em 2% ao ano, é o mais longo do Copom – a taxa foi aumentada em 11,75 pontos percentuais.
O avanço reflete o esforço do BC para controlar a inflação, que acumula avanço de 11,89% nos últimos 12 meses. O percentual está muito acima da meta de inflação para 2022, que tem teto de 5%. Mesmo diante da expectativa de arrefecimento do IPCA – índice que mede a inflação oficial do País – os números indicam que a meta não será cumprida. Os economistas consultados pelo BC projetam que o IPCA deve terminar o ano em 7,15%.
Qual o impacto da Selic em 13,75% nos investimentos
A décima segunda alta seguida dos juros tende a continuar beneficiando os investimentos em renda fixa, com destaque para os títulos atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e alguns papéis do Tesouro Direto – como o “Tesouro Selic”.
Ou seja, em meio a este ciclo de avanço da Selic, os investimentos mais conservadores, em tese, ficam mais atrativos. No entanto, a inflação deve sempre ser considerada nos cálculos de rentabilidade.
Embora os juros estejam avançando, o IPCA também se encontra em patamar elevado. Por isso, o investidor deve descontar a inflação no cálculo de rentabilidade dos investimentos para chegar à conta do ganho real que terá com os aportes.
Confira como fica o rendimento de algumas aplicações: