Boris Bellini* —
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC) elevou nesta quarta-feira (16), a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, que passou de 10,75% para 11,75% ao ano. Essa é a nona alta consecutiva da Selic, que leva o juro básico ao patamar mais alto desde maio de 2017.
Trata-se de um esforço do BC para controlar a inflação, que acumula alta de 10,54% nos últimos 12 meses. Vale lembrar que o centro da meta de inflação em 2022 é de 3,5% – com teto de 5%. No entanto, o relatório Focus desta semana aponta que o IPCA – índice que mede a inflação oficial do País – deve terminar o ano em 6,45%.
Não só o Brasil, mas diversos outros países têm a inflação pressionada pelos desdobramentos da pandemia e o conflito na Ucrânia, que eleva o preço de commodities.
Qual o impacto da Selic em 11,75% nos investimentos
A alta dos juros torna investimentos em renda fixa mais atrativos, com destaque para os títulos atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e alguns papéis do Tesouro Direto – como o “Tesouro Selic”.
Ou seja, em meio a este ciclo de alta da Selic, os investimentos mais conservadores se destacam. No entanto, a inflação deve sempre ser considerada nos cálculos de rentabilidade.
Embora os juros estejam avançando, a inflação oficial do País medida pelo IPCA também se encontra em patamar elevado – com alta acumulada de 10,54% nos últimos 12 meses, como falamos acima. Esse cálculo real, que computa o desconto da inflação, deve ser considerado sempre na projeção de rentabilidade dos aportes.
Confira como fica o rendimento de algumas aplicações:
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*Sob supervisão de Priscilla Arroyo