Priscilla Arroyo —
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, elevou nesta quarta-feira (2), a taxa básica de juros em 1,50 ponto percentual, que passou de 9,25% para 10,75% ao ano. Essa é a oitava alta consecutiva da Selic, que leva o juro básico a um patamar acima de 10% pela primeira vez em quatro anos e meio.
Trata-se de um esforço do Banco Central para controlar a inflação, que acumula alta de 10,06% nos últimos 12 meses. Vale lembrar que o centro da meta de inflação em 2022 é de 3,5% – com teto de 5%. No entanto, especialistas apontam que o IPCA – índice que mede a inflação oficial do País – deve terminar o ano em 5,38%.
Diante do cenário, a previsão do mercado é que a Selic deve subir para 11,75% ao ano em março, patamar no qual deve fechar 2022, de acordo com projeção de economistas publicada no último relatório Focus.
Qual o impacto da Selic em 10,75% nos investimentos?
A alta dos juros tende a beneficiar os investimentos em renda fixa, com destaque para os títulos atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e alguns papéis do Tesouro Direto – como o “Tesouro Selic”.
Ou seja, em meio a este ciclo de alta da Selic, os investimentos mais conservadores, em tese, ficam mais atrativos. No entanto, a inflação deve sempre ser considerada nos cálculos de rentabilidade.
Embora os juros estejam avançando, a inflação oficial do País medida pelo IPCA também se encontra em patamar elevado – com alta acumulada de 10,06% nos últimos 12 meses, como falamos acima. Esse cálculo real, já considerando o desconto da inflação, deve ser considerado sempre na projeção de rentabilidade dos aportes.
Confira como fica o rendimento de algumas aplicações:
Fonte: Banco Central, IBGE, SVN. Cáclulo: Rafael Hek
*Valores consideram dedução de 17,50% de Imposto de Renda após 12 meses.