Beatriz Lopes* –
O Federal Reserve System (Fed) é o Banco Central dos Estados Unidos. Sendo assim, funciona de forma similar ao BC do Brasil, atuando na supervisão do sistema bancário e na definição das políticas monetárias.
O Fed é composto pelos grupos: Board of Governors (Conselho de Governadores, com 7 membros) e o conjunto de bancos regionais, que funcionam como “filiais” nas maiores cidades do país:
Cada filial tem seu próprio presidente que, junto dos membros do Conselho De Governadores, formam o Federal Open Market Committee (Fomc), responsável por definir a taxa de juros do país – como o Copom (Comitê de Política Monetária) no Brasil.
Como a economia norte-americana é a maior do mundo (e o dólar, a moeda de referência), qualquer medida por – como a subida de juros que deve acontecer nos próximos meses – afeta outros países, em especial os emergentes, como o Brasil. Por isso, é importante entender a sua dinâmica.
Como o Fed funciona?
Criado em 1913, para supervisionar toda atividade bancária nos Estados Unidos, a autoridade monetária tem estrutura para agir de forma autônoma e independente.
O presidente e o vice-presidente são escolhidos pelo governo e as decisões tomadas, não precisam ser aprovadas pelo Legislativo ou Executivo para serem executadas.
O Fed tem como funções principais:
- Definir e conduzir a política monetária e cambial dos Estados Unidos;
- Fiscaliza a atuação dos bancos centrais de cada distrito americano
- Garantir a estabilidade do sistema financeiro do país;
- Gerir o sistema de pagamentos;
- Regular e supervisionar as instituições financeiras;
- Promover o desenvolvimento sustentável da economia.
O que é Fomc?
Federal Open Market Committee (Fomc) é o colegiado responsável por definir a política monetária nos Estados Unidos. Isso inclui:
Taxa básica de juros: taxa paga pelo governo para captar investimentos no mercado financeiro. No Brasil, temos a taxa Selic.
Taxa de redesconto: taxa cobrada pelo governo para emprestar dinheiro aos bancos comerciais.
Depósito compulsório: percentual dos depósitos dos bancos comerciais que precisam ser depositados no FED em reservas financeiras.
Impacto da decisão do Fed em países emergentes
Quando a taxa de juros dos EUA sobe, o mercado financeiro enfrenta um fenômeno chamado “flight-to-quality”. Na prática, os investidores tendem a migrar uma parcela maior dos recursos para os títulos do governo norte-americano, considerados uma das opções de aportes mais seguras do mundo.
Hoje, a taxa de juros do Fed encontra-se baixíssima, perto do zero. No entanto, a percepção do mercado é que o Fed elevará os juros nos próximos meses para conter a pressão inflacionária da retomada da economia em meio ao arrefecimento da pandemia.
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*Sob supervisão de Priscilla Arroyo