Entenda como os dividendos podem ajudar na conquista da tranquilidade financeira; para isso é preciso paciência para administrar um plano de investimento de longo prazo
Priscilla Arroyo –
Formar um patrimônio robusto ao longo do tempo é uma das principais metas de quem vai casar. É possível atingir esse objetivo no longo prazo com uma estratégia na Renda Variável com foco na compra de empresas com fundamentos consolidados e que pagam bons dividendos. Isso significa que o investidor, além de ganhar com a valorização do preço da ação da companhia, também embolsará uma parte dos seus lucros. Esse é um dos exemplos mais assertivos na Bolsa de Valores. Não à toa, essa é a teoria adotada pelos principais investidores do mundo.
No Brasil, não é diferente. Foi assim que o maior investidor pessoa física da nossa Bolsa ficou bilionário. Essa é uma história para inspirar jovens casais. Afinal, a tomada de um risco calculado na renda variável pode ser um importante componente para alçar os ganhos da carteira de investimentos da família.
Luiz Barsi tem 82 anos e investe há mais de meio século. Com uma fortuna estimada em cerca de R$ 2 bilhões, seu modo de vida é simples. Ele mora em uma casa confortável, viaja com a esposa quando pode e, até antes da pandemia, se deslocava de metrô até o seu escritório no centro de São Paulo. A sua rotina descomplicada reflete a maneira que escolheu para operar na Bolsa: ele busca ações que têm preço atrativo e pagam bons dividendos. Compra sem a intenção de vender. Ao contrário, ele usa parte dos lucros para continuar comprando.
A decisão sobre qual empresa fará parte de seu portfólio é baseada em uma minuciosa análise da companhia, que Barsi faz com base nos seus conhecimentos de economia aliados à especialidade em avaliar os fundamentos financeiros por meio dos balanços (relatório com o desempenho das empresas).
Companhias do setor elétrico -geradoras, distribuidoras e transmissoras de energia – fazem parte da sua carteira. Não é por acaso. Historicamente, são desse setor as melhores pagadoras de dividendos. Por ser um segmento regulado, as operações das empresas têm previsibilidade, assim como a lucratividade. O setor financeiro também se destaca, já os bancos têm lucros multibilionários e uma política favorável para distribuição de proventos.
Não é por acaso que a Itaúsa (holding controladora do ItaúUnibanco, o maior banco do Brasil, que em 2020 lucrou R$ 18,5 bilhões) é uma das empresas mais procuradas pelos investidores adeptos a essa estratégia. A companhia faz parte da carteira de dividendos da Eleven Financial Research, casa de análise parceira da SVN, que reúne outras sete empresas. Listamos mais três aqui mas três dessa lista: Energias do Brasil, Vale e a produtora de carnes e derivados Minerva.
O portfólio tem como principal característica ser defensivo, desenhado para “garantir a solidez dos rendimentos em momentos de maior volatilidade, se aproveitando das altas e contendo as baixas do mercado”. Seu objetivo é reunir ativos com alto potencial de valorização e que paguem dividendos consistentes.
É possível mensurar o quão boa pagadora de dividendo a empresa é por meio do Dividend Yield (DY), ou Rendimento de Dividendo. Esse número mostra a relação entre os dividendos distribuídos e o preço do papel da companhia. As empresas com maior percentual de DY são destaques positivos. Ao avaliar esse indicador, é possível comparar os rendimentos dos dividendos entre as companhias.
Para auxiliar o investidor a montar ou atualizar a sua carteira de dividendos, selecionamos dos relatórios da Eleven algumas informações básicas dessas empresas, com comentários dos analistas.
As informações servem como exemplos de fatores que devem ser considerados ao escolher uma empresa para investir. Aconselhamos sempre buscar ajuda de um assessor da SVN para auxiliar na tomada final da decisão sobre os investimentos.
Confira o vídeo deste conteúdo: