Beatriz Lopes* —
Gaúcha de Lagoa Vermelha, interior do Rio Grande do Sul, Virgínia Benetti saiu de sua cidade natal para ir a São Paulo no auge de sua adolescência. Por ser muito jovem, aos 15 anos não sabia exatamente que carreira profissional gostaria de seguir. “Meus pais tinham a visão de que todos tinham que ser médicos. Mas eu queria fazer outra coisa”, lembra.
Ela decidiu cursar Jornalismo. Conseguiu estágios em agências de publicidade e, no tempo livre, fazia teatro. Foi nos palcos que uma colega lhe fez a proposta para trabalhar no mercado financeiro. “Eu fui ser aprendiz na empresa em que essa amiga trabalhava. Comecei como recepcionista, depois secretária. Nesse tempo de aprendizagem contínua, prestava atenção em tudo o que os funcionários conversavam, e opinava também”, diz.
De personalidade forte e sempre muito curiosa, aos poucos Virgínia foi entrando no mundo dos investimentos. Até que um de seus chefes a questionou sobre deixar a comunicação de lado para se dedicar totalmente à nova área. “Ele achava que eu tinha um potencial escondido”, lembra.
Recalculando a rota
Neste momento, Virginia ganhou uma bolsa de intercâmbio em Londres, no Reino Unido, onde ficou, inicialmente, por oito meses. Com o objetivo de aprimorar o inglês e aproveitar mais a experiência, passou mais seis meses em Dublin, na Irlanda, até voltar para o Brasil. “Fui direto para o mercado financeiro. Eu já tinha certeza que era aquilo que eu queria”, conta.
Depois de uma rápida passagem como estagiária em um banco estrangeiro, Virginia foi para o BTG Pactual e, depois, para a GPS Investimentos, um dos maiores family office do Brasil . “Em todos os lugares que passei, trabalhei com grandes famílias, que são clientes em potencial. Isso me deu uma ótima bagagem e a experiência de organizar o patrimônio dessas famílias em todas as as etapas do planejamento patrimonial, sucessório e investimentos”.
Este foi o caminho que a levou até a XP Investimentos justamente na época em que a empresa fundada por Guilherme Benchimol começava a trabalhar com mais ênfase na oferta de fundos de investimentos, além dos ativos em renda variável e renda fixa. À época, a empresa já atendia uma grande carteira de clientes de alta renda. “Diante do cenário desafiador, passei a praticar todo o conhecimento que já tinha em alocação de carteiras”. Depois de um período intenso de aprendizado, ela se dedicou a ensinar. A sua equipe na XP chegou a ter quase 100 pessoas que atendiam, com êxito, os clientes do segmento Private.
Foram seis anos na XP, onde se tornou uma das sócias. Virgínia começou a trabalhar lá quando a corretora estava comemorando os R$ 10 bilhões em patrimônio sob gestão, marca que a SVN recém alcançou.
Chegada na SVN
O relacionamento de Virginia com a SVN se formou desde a época da XP. “Quando eu estava na corretora, já tinha contato com os sócios-fundadores, Caio Copetti e Felipe Bernardes. Eles sempre brincavam que um dia iriam me trazer para a SVN”, conta.
A proposta deixou o campo da brincadeira para se tornar o começo de uma negociação. Copetti e Bernardes começaram pedindo opiniões para melhorar e alavancar o projeto de expansão da SVN, sempre em busca de melhorias. “Estive aberta para entender o projeto e foi então que eu me apaixonei e entrei de cabeça”.
Virgínia conta que ao entrar na SVN, foi surpreendida pela recepção de sua chegada. “Todos estavam prontos para me receber. Tive abertura para pontuar tudo o que eu, dentro de meu conhecimento, achava que poderia melhorar”.
A cultura da SVN a cativou. “Aqui me deram asas para voar. Deixam o terreno fértil para os projetos que queremos construir. Todos querem estar na SVN porque é uma empresa que cresce”, pontua. Além disso, ela destaca a humildade e parceria entre os colegas de trabalho. “Todos me receberam de braços e coração abertos. Isso foi um ponto crucial na minha decisão de vir para cá”, diz.
Na SVN, Virginia é responsável pelo segmento de clientes Private – que atende clientes com mais de R$ 10 milhões disponíveis para investir, e também da área de produtos. Um dos seus objetivos é orientar os líderes das áreas sobre os melhores produtos para serem ofertados de acordo com o momento do mercado. “O time de alocação de estratégia está sendo construído em conjunto com os especialistas de cada mesa. Com essa estrutura, conseguiremos trazer um serviço final para o cliente com muito mais qualidade”, revela.
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Confira o vídeo com o depoimento de Virgínia Benetti sobre a sua trajetória profissional:
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A SVN Investimentos tem R$ 10 bilhões de patrimônio sob custódia e está em plena expansão física. Com sede em Maringá, no Paraná, a empresa tem nove escritórios nas principais cidades do País.
*Sob supervisão de Priscilla Arroyo