Beatriz Lopes* —
Hillary Rodham Clinton, ex-secretária de Estado dos Estados Unidos e ex-candidata presidencial do Partido Democrata, participou de uma palestra da Expert XP, evento que aconteceu de 24 a 26 de agosto. A mesa denominada “Uma conversa com a ex-secretária de Estado, Hillary Rodham Clinton”, foi comandada por Betina Roxo, Estrategista Chefe da Rico e Fernando Ferreira, Estrategista Chefe da XP.
Hillary destacou em sua fala a importância da união entre países sob o ponto de vista da economia. Para ela, é importante se atentar com as lições aprendidas durante a pandemia, especialmente em como os líderes devem se fortalecer para criar uma rede de suprimentos farmacêuticos.
“Eu pessoalmente gostaria de ver muito mais cooperação econômica entre os Estados Unidos e a América do Sul. Isso seria algo que nos colocaria em uma posição muito forte no futuro”, afirmou. Neste ponto, a ex-secretária de Estado falou sobre “tirar vantagem da grande vizinhança” para competir economicamente com a China.
Entretanto, Hillary vê a recuperação econômica dos EUA de maneira positiva com a retomada de trabalhadores ao mercado de trabalho. “Já recuperamos boa parte do que tínhamos perdido com a pandemia”, disse.
União no combate à pandemia
Hillary abordou temas que estão em relevância no cenário mundial atualmente. Entre eles, a importância de uma aliança de líderes globais para o combate à pandemia da Covid-19. Ela teceu uma crítica aos governos que não se responsabilizam perante à crise sanitária.
“Nós temos que fazer mais para vacinar o restante do mundo. É tão trágico que nós tenhamos pessoas no meu país que não vão tomar a vacina, que nós tenhamos líderes que não vão encorajar ou até exigir a vacinação, e o restante do mundo está ao mesmo tempo implorando pela vacina. Eu acho que os países, como o meu e outros, precisam fazer muito, muito mais para distribuir as vacinas à África, a outras partes da América Latina, Ásia – literalmente qualquer lugar onde as pessoas ainda não estejam protegidas”, pontuou.
Crise no Afeganistão
Nas últimas semanas, a volta do controle do Afeganistão pelo grupo extremista Talibã, 20 anos após a rendição às tropas norte-americanas, é acompanhada de perto pelos investidores. Perante esta situação, Hillary também acredita que líderes mundiais devem se juntar para ajudar o povo afegão que busca refúgio fora do país. Assim como está fazendo junto de Malala Yousafzai, ativista paquistanesa vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2014.
“Estamos fazendo tudo o que podemos para tirar essas pessoas corajosas de lá. É uma situação terrivelmente perigosa, há inclusive ameaças à segurança do próprio aeroporto agora. Eu agradeço ao governo dos Estados Unidos, outros governos, pessoas físicas comuns, empresas e ONGs, todos que, de alguma forma, estão lutando para conseguir tirar de lá o maior número de pessoas possível”, disse.
Hillary finalizou a palestra com um recado de empoderamento para mulheres, deixando claro a importância da força feminina. “Cada reconhecimento é uma vitória, é uma chance de inspirar uma jovem que vai buscar quebrar barreiras e inspirar outras mulheres”.
*Sob supervisão de Priscilla Arroyo